segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

D4 - 31.12.2010 - O Jantar De Réveillon

Como falei, aqui começa o terror!

Deixa eu explicar a situação.
Uma amiga da minha mãe resolveu promover a festa de Réveillon. Ela é cantora.
A festa foi realizada em um salão (diga-se de passagem um salão muito bom) da Associação de Idosos de Pirapora. Ela iria cantar com a banda dela. Uma festa em que esperava-se 60 mesas, com 4 pessoas por mesa, ou seja, uma festa para 240 pessoas. Com direito a jantar (a comida muito boa, mas só vim a descobrir depois) e espumante.

Minha mãe foi buscar-nos no hotel por volta das 22h15. Já tínhamos sabido que iria ter uma queima de fogos na beira rio, em cima da ponte de aço antiga que tem na cidade. E minha mãe estava indo para o sentido contrário. Começa por aí. Estávamos nos afastando da queima de fogos da cidade.
Chegamos ao local às 22h30. Isso já é hora pra se estar morto de fome. Ali ficamos sabendo que o jantar ia ser após a virada do ano. Medo! Tem idéia de quanto um gordo fica mau humorado quando fica com fome???
Quando chegamos, descobrimos que o salão apesar de ser bom é da Associação de Idosos (leia-se asilo) da cidade. Já meio que dá uma freada no ânimo. Em minha mente doentia já consegui conjecturar se alguma vez algum deles chegou a falecer no salão. rs...
O jantar para 240 pessoas. Chegamos e não tinha 50 no salão. Pânico à vista!
Minha mãe dançando com meu primo Júnior. Notem a dificuldade para eles dançarem pela falta de espaço na pista de dança!
Ficamos nos enrolando ali na frente um pouco, decidindo o que ia ser feito. Deu 23h00 e a anfitriã e cantora não tinha aparecido ainda. Terror crescente!
Entramos no salão. Bebidas sendo servidas eram: coca cola e guaraná (que cometeram o absurdo de colocar em jarras), água e cerveja. Não podia beber álcool pois estava tomando antibióticos.
Para comer estava sendo distribuído um saquinho de castanha do Brasil e um quitutes. Esses quitutes eram uma cestinha de massa, com um creme e um ovo de codorna em cima. O problema é que o ovo de codorna, ou tem de ser recém tirado da conserva ou tem de estar resfriado. Esse não estava nenhum dos dois. E o "creme" que tinha era, na verdade, maionese de pote. Então imagine você com fome, pegar aquela coisinha e comer inteiro, para descobrir um ovo de codorna de gosto duvidoso e maionese. Foi a mesma coisa que pegar uma colher de sopa de maionese direto do pote e enfiar na boca. ARGH! Mas a massinha estava bem assada... rsrs...
Animação total...
Então a anfitriã chegou. A banda dela começou a fazer a passagem de som. E ela começou a cantar. Quando comecei a prestar atenção no repertório, entendi o porque a festa estava sendo naquele lugar. As músicas eram contemporâneas do pessoal. Ou eles estavam tentando matar os velhinhos, mas eles foram mais espertos e sacaram a jogada, não aparecendo! rsrs. Do terror ao desespero!



A irmã da anfitriã estava desesperada quando ela apareceu. Já estava pedindo desculpas pela demora. Em dado momento minha mãe foi conversar com ela, perguntando sobre as outras mesas, se não tinha sido divulgado, etc. Ela explicou que eram 60 mesas e que, provavelmente, o pessoal iria assistir a queima de fogos (aquela que ia acontecer na ponte, à beira rio, e que estávamos longe e não iríamos ver, se lembra?!?). A pergunta que meu irmão e eu nos fizemos foi: "E eles vão trazer a banda junto???". Mas fomos levando.
De tão animado que estávamos e prestando atenção, que nem olhamos pro relógio. Estávamos conversando quando, de repente, ouvimos um estouro. Olhamos para o origem do barulho, que era no palco. A cantora estava com um daqueles canudos que explodem em confete e serpentina. (Detalhe que ela apontou pro chão. Então ele não teve efeito nenhum além de matar o pessoal do coração e fazer sujeira). O que tinha acontecido é que o ano tinha virado. Já era ANO NOVO! NÃO TEVE CONTAGEM. A mulher interrompeu a música e estourou a bagaça. Simples assim. Sem aviso.
Será que não foi melhor assim? Afinal de contas, toda aquela tensão, aquela expectativa, com contagem, para a virada do ano faz mal pro coração. Gera uma ansiedade muito grande. Pode dar problemas para os cardíacos. Eu acho que aquela coisa em Nova York, nas Times Square, de ficar esperando aquela bola brilhante descer, fazendo a contagem, é super valorizado.


Brinde "póstumo", pois o ano já tinha passado a algum tempo... Eu brindando com água!
Outra coisa. Trouxeram o espumante depois da virada. Ele não estava disponível para o brinde na virada do ano. Afinal de contas, para que beber espumante na virada do ano, se nem ao menos percebemos a virada?
Isso, pra gente, foi o suficiente. A gota d'água. O segurança da festa nos chamou ali fora para ver os fogos "lá longe". Os mais altos a gente conseguia ver explodindo. E lá dentro marchinha de carnaval comendo solta.
Olhei pro meu irmão, ele olhou pra mim e "Já deu, né? Vamos?".
Saímos de lá, detalhe - SEM JANTAR - e fomos para o hotel. Meu primo Júnior nos levou. Alan, André Jean e eu. Nos largou na frente do hotel e nos falou: "To deixando vocês na frente do hotel. O que vocês fazem agora é problema de vocês!". rsrs...
Alan Marcelo e eu subimos pro quarto, pois já estávamos estragados mesmo. Meu primo André resolveu dar uma volta, pra ver o que tinha na cidade e ver se dava um "perdido" por aí. Voltou até que rápido. Descobriu de uma balada forte, no centro de convenções do Hotel Canoeiros. R$ 120,00 de entrada, com open bar. (Pra ele faziam por R$ 100,00 - puuuta desconto para quem já vai gastar essa grana toda - por ele ser de fora da cidade). O fervo era lá mesmo!
Mas foi isso que foi nossa virada de ano.
Fomos dormir com fome, eu sem beber nem ao menos o brinde de virada de ano!

Meu irmão - Alan Marcelo - posando de pai de santo. Usar branco para Ano Novo tudo bem,  mas ele exagerou, não?


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